Membros do BRICS iniciam processo preparatório para ampliação da associação
De acordo com o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov, o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul começaram a considerar novos candidatos para ingressar na associação. No entanto, segundo o diplomata, esse não é um processo rápido, pois muitas nuances devem ser levadas em conta.
Na semana passada, Argentina e Irã entraram com pedidos de adesão ao BRICS. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, além desses candidatos, há "vários outros países que também são mencionados nas discussões".
Para determinar quais nações farão parte da associação e quando sua adesão acontecerá, os atuais membros do BRICS precisam chegar a um consenso. Rússia e China se manifestaram a favor da expansão. Segundo Lavrov, a decisão deve ser baseada em "uma garantia de maior eficiência e um aumento do impacto prático do trabalho dessa estrutura".
De acordo com Riabkov, os países do BRICS terão que chegar a "um acordo sobre os parâmetros básicos de expansão" e esse processo é "difícil e delicado". Portanto, consultas em larga escala devem acontecer dentro da aliança em breve.
Além disso, para expandir ainda mais a associação e aumentar a interação econômica nesse formato, é necessário sincronizar as economias dos países participantes e integrar os sistemas financeiros dentro da associação. Isso já está sendo feito: o Banco Central da Rússia, por exemplo, já abriu seu sistema de mensagens financeiras para os países do BRICS. De acordo com o vice-ministro do Desenvolvimento Econômico da Rússia, Vladimir Ilichev, tudo isso permitirá "preservar e aumentar o volume de comércio eletrônico dentro do BRICS".
Os países do bloco também trabalham na criação de uma nova moeda de reserva internacional baseada nas moedas do grupo: o real brasileiro, o rublo russo, a rupia indiana, o yuan chinês e o rand sul-africano. No entanto, esse processo pode levar décadas, segundo Serguei Shvetsov, presidente do Conselho de Supervisão da Bolsa de Moscou.
Fotografia: IStock