03.04.20
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Economia
Após recomendação do Ministério da Saúde, empreendedoras produzem máscaras de pano para gerar renda
Após a recomendação do Ministério da Saúde (MS) sobre o uso de máscaras pela população em geral, estilistas e empreendedores em Pernambuco encontraram, na produção desses itens, uma forma de continuar a faturar mesmo com o decreto de fechamento do comércio em vigor no estado. Confeccionadas de acordo com as recomendações do MS, as máscaras têm preços que variam de R$ 8 a R$ 15, com modelos para crianças e adultos.
Acompanhando as notícias sobre a pandemia, a estilista pernambucana Amanda Brindeiro percebeu que o aval do Ministério da Saúde era, também, uma oportunidade de renda em meio à pausa na produção de roupas. “Eu já trabalho como voluntária num espaço para mulheres em Brasília Teimosa (comunidade da Zona Sul do Recife) e surgiu daí a inspiração para vender. Já que eu não consigo vender o que produzo, que são roupas, comecei a fazer as máscaras”, afirmou.
Para dar conta das encomendas, a estilista começou a trabalhar junto com o marido, Leonardo Freire. A divulgação, pelas redes sociais, surtiu efeito praticamente instantâneo. “Muitas encomendas estão surgindo. As mensagens não param”, disse a estilista, que, além de confeccionar, também é responsável pela entrega das encomendas. Segundo Amanda, as máscaras são confeccionadas com tecidos de algodão.
Também estilista, Leila Bastos iniciou a produção para a família, mas a divulgação de netos, irmãs e sobrinhos impulsionou o negócio desenvolvido de forma emergencial. Aos poucos, a demanda cresceu a ponto de envolver mais duas costureiras e um entregador, que leva as encomendas de bicicleta até os compradores, conta o repórter de tvbrics.com com referência ao G1.
A necessidade também levou a empreendedora Ivana Silva, que trabalha numa ótica, a buscar renda através da produção de máscaras. “Eu não sei costurar, trabalho num setor diferente, mas que parou. Pedi a máquina de costura da minha sogra e fui comprar tecidos”, disse.
Produzindo junto com a mãe, Ivana afirma ter pesquisado para confeccionar um produto que possa proteger a população do contágio do novo coronavírus. “Além do tecido de algodão, coloco o TNT, outro tecido, para dar ainda mais proteção a quem está usando”, explicou.
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