20.08.20
10:27
Cultura
Brasileira é 1ª pessoa a rever Monalisa após reabertura do Louvre na era Covid
A primeira visita que Lisa Gherardini, a famosa pintura “Monalisa” teve, depois de quase quatro meses trancada em quarentena no Museu do Louvre, fechado por causa da pandemia, foi a de uma jovem brasileira. Juliana Coelho, 27, bolsista na área de Música, em Nice, no sul da França, preparou esta visita com antecedência, mas não sabia que seria a primeira pessoa a ficar cara-a-cara, e sozinha, com a musa de Leonardo da Vinci. Uma verdadeira proeza celebrada com a família e amigos no Brasil.
Em entrevista à RFI, já no Brasil, para onde regressou ao fim de sua bolsa de estudos, Juliana Coelho conta que foi pega de surpresa pela pandemia ao chegar em Nice, na famosa região da Côte d'Azur. “Passei um semestre lá e logo veio o confinamento. Não consegui viajar para lugar nenhum, fiquei só em Nice. Com a flexibilização, tive vontade de ir a Paris, que não conhecia, era a minha primeira vez na Europa”, explica.
A estudante conta que notou que os museus estavam sendo reabertos, assim como a Biblioteca Nacional da França, onde desejava fazer uma pesquisa. “Eu poderia ter ido conhecer Paris em junho, mas decidi adiar por causa da insegurança, ninguém sabia direito ainda o que ia acontecer. Decidi então marcar para o começo de julho, para pegar a reabertura do Louvre, no dia 6. Quando a bilheteria do museu reabriu, entrei correndo no site e comprei meu ingresso para o dia da reabertura, no primeiro horário”, lembra.
Normalmente, ver a Monalisa no Museu do Louvre é quase uma missão impossível dada a multidão de turistas enfurecidos de todas as nacionalidades que se aglomeram em frente ao quadro, com câmeras e celulares de todos os tipos, todos os dias da semana, a qualquer hora do dia.
Juliana Coelho conta que deu de cara na porta da sala onde está exposta a famosa musa de Da Vinci. “Não tinha ninguém ainda, só os seguranças. Era o setor das pinturas italianas. Fui a primeira a ver a Monalisa, fiquei um tempo sozinha com ela na sala. Uma agente de segurança me interpelou na saída e disse “Parabéns, você foi a primeira pessoa a reencontrá-la””, lembra. “Por alguns segundos a Monalisa foi só minha. Quem imaginaria que eu veria a Monalisa sem ninguém na frente?”, comemora.
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