China deseja construir um parque de ciência agrícola no Brasil
O município de Paracatu, em Minas Gerais, assinou um acordo com uma empresa chinesa para a construção de um parque de ciência agrícola. O objetivo do projeto é criar o maior centro sul-americano de pesquisa e desenvolvimento de sementes de soja e milho e de cadeias de suprimentos.
O Parque Industrial de Ciência Agrícola China-Brasil é um projeto inteiramente desenvolvido pela China e estava originalmente programado para ser iniciado em 2020. No entanto, devido à pandemia, o processo foi suspenso temporariamente e retomado apenas no último 12 de maio, informa Xinhua News Agency, parceira da rede TV BRICS.
Além de duas fábricas de processamento de sementes e dez locais de pesquisa científica que serão inaugurados inicialmente, outras duas fábricas e três armazéns frigoríficos devem ser abertos no segundo semestre deste ano.
De acordo com uma nota divulgada pela companhia LongPing High-Tech Brazil, responsável pelo projeto, o complexo agrícola vai gerar empregos e criar novas oportunidades de negócios, o que deve dinamizar a economia local, além de permitir a entrada no Brasil de novas empresas e instituições acadêmicas chinesas que veem o país sul-americano como um bom lugar para investir.
"Estamos muito felizes em fazer parte desta parceria. Somente neste ano, a LongPing High-Tech Brazil investirá mais de 220 milhões de reais na expansão de sua divisão em Paracatu com o objetivo de aumentar a produção, desenvolver o agronegócio brasileiro e contribuir para o desenvolvimento da região. O parque vai estimular inúmeras empresas chinesas que querem investir em nosso país", disse Aldenir Sgarbossa, presidente da LongPing High-Tech Brazil.
Shi Liang, diretor geral da LongPing Agriscience, também afirmou que o parque criará uma plataforma para o desenvolvimento de empresas no Brasil e ajudará a criar novos empregos na região.
Tian Min, Cônsul Geral da China no Rio de Janeiro, destacou que este projeto é um excelente exemplo de cooperação para ambos os países e demais membros do BRICS, o qual contribuirá para um desenvolvimento global mais forte, ecológico e saudável.
Fotografia: Xinhua News Agency