Como África do Sul pode atrair turistas por meio de sua vida selvagem e natureza
A África do Sul é um destino que cativa os viajantes com suas paisagens diversas, cultura rica e vistas únicas. Desde as majestosas montanhas Drakensberg até as praias ensolaradas do Oceano Índico, o país apresenta uma grande variedade de maravilhas naturais.
"É claro que o turismo tem um papel muito grande, muito positivo, um impacto positivo no país, porque o turismo está se desenvolvendo aqui do ponto de vista da ecologia; é extremamente importante, pois tanto as fazendas quanto as reservas naturais possibilitam manter a natureza em uma forma orgânica mais pura"Irina Filatova Especialista no campo da história da África
Vida selvagem na África do Sul: o mundialmente famoso safári
A África do Sul é conhecida por sua extraordinária vida selvagem e oferece alguns dos safáris mais populares do mundo. O notório Parque Nacional Kruger, uma área extensa de savana repleta de elefantes, leões, leopardos, rinocerontes e búfalos, é o destino favorito de qualquer turista ou apreciador da vida selvagem.
De acordo com o site official do parque, a reserva cobre duas das nove províncias da África do Sul: Limpopo e Mpumalanga. O Parque Nacional Kruger se estende por mais de 19.455 km2, medindo 350 km de comprimento de norte a sul e 60 km de largura de leste a oeste.
O rio Limpopo e as fronteiras da África do Sul e do Zimbábue delimitam o norte da reserva, enquanto toda a sua área leste é delimitada pela fronteira com Moçambique.
Vários rios importantes, como os rios Letaba, Limpopo, Sabie e Umgwenya (Crocodilo), passam pelo parque. A maior parte da região é plana, com rupturas esporádicas causadas pela cadeia de montanhas Lebombo, que se estende de norte a sul ao longo da fronteira com Moçambique.
A elevação do parque varia de 260 a 440 metros acima do nível do mar, atingindo o ponto mais alto (839 m) em Handiwa em Malelane, ao sul do parque, e o seu mais baixo em Sabi Gorge.
Há mais de 254 locais históricos e culturais dentro dos limites do parque; e uma boa parte ainda não tendo sido explorada. Esses monumentos abrangem um período enorme, desde a Idade da Pedra até o século XX.
Irina Filatova, professora emérita da Universidade de KwaZulu-Natal (África do Sul), explicou em uma entrevista exclusiva à TV BRICS que "os safáris sul-africanos são muito procurados; há filas enormes de moradores locais e turistas indo os visitar, pois é uma área de natureza selvagem, que é extremamente difícil de encontrar em qualquer outro lugar".
Paisagem diversificada da África do Sul
Além da vida selvagem, a África do Sul apresenta uma incrível variedade de paisagens. A beleza da Região Floral do Cabo, Patrimônio Mundial da UNESCO, abriga uma enorme variedade de plantas, incluindo a exclusiva vegetação fynbos, que se refere a “plantas de folhas finas”.
De acordo com o site oficial da Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO, a área é um dos maiores centros de biodiversidade terrestre do mundo.
Embora represente menos de 0,5% do território total da África, aproximadamente 20% da flora do continente é encontrada lá. A flora apresenta diversidade, densidade e espécies endêmicas excepcionais, estando entre as mais altas do mundo. Das 9.000 espécies de plantas estimadas na área, mais de 69% são nativas, 1.736 das quais foram classificadas como em ameaça; e 3.087 são de interesse de proteção. A Região Floral do Cabo foi reconhecida como um dos 35 pontos de acesso globais de biodiversidade.
O legado histórico da África do Sul
A luta contra o apartheid deixou uma marca no passado sul-africano. Os turistas agora podem explorar locais históricos, museus e monumentos que contam a história dessa era turbulenta.
O Museu do Apartheid, localizado em Joanesburgo, afirma ser o museu de maior prestígio do mundo dedicado à África do Sul no século XX. O museu tem um conselho de administração independente e está registrado como uma organização de benefício público, o que significa que não tem fins lucrativos.
Além de oferecer aos visitantes uma história sobre o país, o museu narra o momento em que a África do Sul se torna uma sociedade democrática sem divisões raciais. É por isso que, segundo o site oficial, os visitantes devem reservar tempo suficiente para explorar completamente o Museu do Apartheid em Joanesburgo.
Pluralidade cultural na África do Sul
Os onze idiomas oficiais da África do Sul são inglês, africâner, zulu, xhosa, ndebele, sotho, sotho do sul, swazi, tswana, tsonga, venda, conforme consta na constituição do país.
Consequentemente, o país oferece uma diversidade de culturas, desde a vibrante cultura zulu, com suas danças tradicionais e artesanatos com miçangas coloridas, até o povo xhosa, conhecido por seu idioma de sons incomuns. Cada comunidade contribui para o mosaico cultural único do país. Tudo isso atrai turistas de todo o mundo.
Turismo na África do Sul
O site oficial do governo sul-africano informa que, em 2022, cerca de 5,7 milhões de turistas visitaram o país e, no primeiro trimestre de 2023, houve mais de dois milhões de visitants. Esse índice é mais do que o dobro do número registrado no mesmo período do ano anterior.
Em 2023, o sistema de visto eletrônico foi estendido a mais 20 nações depois de ter sido introduzido pela primeira vez em 14 países.
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