COP30: Brasil propõe coalização para integrar mercados de carbono
Na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o Brasil planeja apresentar uma nova proposta ambiental: criar uma coalização abrangente para os mercados de carbono. Concebida pelo Ministério da Fazenda, a iniciativa busca padronizar sistemas internacionais de comércio de cotas de emissões de carbono, formando assim um único mercado – transparente e sustentável. O comunicado foi reverberado pelo portal Brasil 247, parceiro da TV BRICS.
Oficialmente denominado Coalização Aberta para Integração dos Mercados de Carbono, o projeto faz parte da estratégia nacional "Novo Brasil — Plano de Transformação Ecológica", voltada para a integração do desenvolvimento econômico, da inclusão social e da preservação ambiental. A participação na ação será voluntária, e a estrutura estará sempre aberta a novos membros.
Segundo a subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do órgão ministerial, Cristina Reis, o objetivo é acelerar a descarbonização das economias mundiais.
"A ideia é que, em conjunto, os países consigam reduzir suas emissões, de modo que o planeta esteja menos ameaçado pela crise climática e pelos efeitos adversos dos gases de efeito estufa", afirmou.
Reis ressaltou que a importância da iniciativa vai além da questão ambiental: ela criará condições para o intercâmbio tecnológico, a implementação de inovações e o desenvolvimento de indústrias com baixo impacto de carbono. Isso, segundo ela, pode estimular investimentos e empregos, além de contribuir para a redução das desigualdades sociais.
O projeto também prevê mecanismos de redistribuição de recursos, com o objetivo de assegurar uma transição justa para uma economia de baixo carbono. Parte das receitas geradas pela venda das cotas será destinada a países de renda mais baixa, ajudando a equilibrar os custos e benefícios da transformação climática.
A COP30 ocorrerá em Belém, no Brasil, entre 10 e 21 de novembro de 2025.
Fotografia: Khaosai Wongnatthakan / iStock
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