Especialista comenta cooperação dos países do BRICS no setor energético
A Plataforma de Pesquisas Energéticas consolidou-se como um mecanismo eficaz de cooperação. A declaração foi feita por Aleksei Kulapin, diretor-geral da Agência Russa de Energia do Ministério da Energia da Rússia, em entrevista exclusiva ao estúdio da TV BRICS, na zona empresarial da Roscongress International, durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo ( SPIEF).
De acordo com Kulapin, a experiência dessa plataforma tem sido replicada em outras áreas de cooperação entre os países do grupo. O secretariado russo atua com base na Agência Russa de Energia. As pesquisas são definidas anualmente e incluem estudos regulares e especializados.
No âmbito da iniciativa "Rússia – BRICS", o tema central da pesquisa foi a formulação de princípios para a transição energética nos países da associação.
"A conclusão a que nossos especialistas chegaram, com consenso geral, é a de que cada país tenha o direito e possa determinar de forma independente sua própria trajetória de transição energética, com base em suas características funcionais, estrutura energética e economia", destacou.
Segundo ele, como o BRICS reúne tanto países exportadores quanto importadores de recursos energéticos, é necessário adotar uma abordagem multifacetada. Nesse contexto, os Estados devem cumprir seus compromissos internacionais e, ao mesmo tempo, garantir a melhoria da qualidade de vida de suas populações.
O princípio fundamental, aprovado por todos os países do BRICS, é que a transição energética deve adotar uma postura de neutralidade tecnológica. Kulapin observou que não se deve tratar o desenvolvimento de fontes renováveis como a única opção válida. Segundo as previsões russas, a participação dessas fontes aumentará até 2050, mas o gás natural continuará sendo a principal fonte de energia. A participação do petróleo e do carvão, por sua vez, deverá diminuir.
Fotografia: Evgueni Reutov / banco de imagens da Fundação Roscongress