10.03.20
11:40
Esporte
Fadinha do skate, pode ir para olimpíadas de Tóquio como favorita
Rayssa Leal, a brasileira de 12 anos conhecida como Fadinha do skate, pode ir a Tóquio como favorita à medalha na estreia da modalidade nas Olimpíadas. No ano passado ela foi a mais jovem campeã mundial de Skate, ao vencer a etapa da Street League Skateboarding em Los Angeles, na Califórnia. A etapa contou pontos para o ranking olímpico. As vagas serão definidas de acordo com a classificação do ranking olímpico, no próximo dia 1º de junho.
Rayssa ficou conhecida em setembro de 2015, depois de um vídeo que viralizou no YouTube. Nele a menina aparece com uma fantasia de fada e faz um heelflip – manobra de skate— em uma calçada da cidade de Imperatriz, interior do Maranhão, onde nasceu. Elogiada por Tony Hawk, o skatista mais famoso do mundo, a fadinha declarou que queria se tornar profissional do esporte, mas não sabia que a evolução seria tão meteórica, informa o repórter de tvbrics.com com referência ao SóNotíciaBoa.
Aos 12 anos, Rayssa é uma das candidatas à medalha em Tóquio-2020 na primeira vez que o skate será uma modalidade nos Jogos Olímpicos. Na categoria, o street skate, ela tem as compatriotas Leticia Bufoni (26) e Pâmela Rosa (20) como adversárias.
Para as Olimpíadas, o Brasil poderá ser representado por até 12 skatistas, já que o limite de atletas por país em cada categoria é três. Assim, seriam no máximo três na categoria street feminino, três na street masculino, três na park feminino e três na park masculino.
Levando em conta o mundo todo, são 20 vagas para cada modalidade. Hoje, Pâmela, Rayssa e Letícia seriam as brasileiras classificadas no street feminino. “Primeiro preciso focar na classificação”, garante Rayssa, “porque o nível está muito alto. Tenho que mandar bem nas etapas mundiais para depois pensar nas Olimpíadas”.
Se Rayssa conquistar a medalha de ouro no Japão, será a mais jovem da história nas Olimpíadas, quebrando o recorde da americana Marjorie Gestring, vencedora da prova de saltos ornamentais aos 13 anos e 268 dias nas Olimpíadas de Berlim em 1936.
São os pais de Rayssa, Haroldo e Lilian, que a acompanham nos treinos, viagens, competições e administram sua carreira. E os dois se preocupam com o futuro da menina além da pista de skate: ela está no sétimo ano do ensino fundamental e frequenta a escola quando está em Imperatriz. Nos dias em que Rayssa falta para competir, os pais recebem as matérias e passam para ela. A menina não pretende deixar a escola enquanto não completar o ensino médio, mas desconversa sobre uma possível profissão que não seja skatista.
Photo: imirante.com