Fortalecimento da cooperação científica na área da Grande Baía da China
Graças ao poderoso supercomputador chinês Tianhe-2 e a algoritmos computacionais avançados, Lam Tsang-yuk, professor adjunto da Universidade de Hong Kong, pode agora rastrear a origem, a transmissão e a evolução de patógenos vitais em uma série de dados genéticos, epidemiológicos e ambientais.
Partindo de Guangzhou, a capital da província de Guangdong, no sul da China, a linha de rede de alta velocidade do supercomputador Tianhe-2 tornou-se a ponte que une as forças da ciência e da inovação de Guangdong e Hong Kong, segundo informa Xinhua News Agency, o parceiro da rede TV BRICS.
"Nos últimos cinco anos, mais de 200 professores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (HKUST) usaram o supercomputador de Guangzhou e acessaram a rede local sem nenhuma dificuldade", disse Gao Min, reitor do Instituto de Pesquisa Científica Fok Ying Tung, da HKUST.
Nos últimos anos, como parte do projeto “Área da Grande Baía” (GBA), intensificou-se a cooperação científica inter-regional na região de Guangdong-Hong Kong-Macau. Dados, fundos, talentos e outros recursos fluem mais livremente, à medida que a cooperação científica se acelera.
Um exemplo de recente parceria científica nos marcos da GBA é o plano do Laboratório Sul de Ciência e Tecnologia Marinha de Guangdong (Guangzhou). O laboratório estabeleceu sua sede no distrito de Nansha, em Guangzhou, com duas filiais, em Hong Kong e Shenzhen.
No Fórum Científico da GBA, concluído na terça-feira, os destacados especialistas presentes no evento concordaram com o papel da GBA enquanto região de cooperação científica entre as províncias de Guangdong, Hong Kong e Macau.
Nancy Yuk-Yu Yip, presidente da HKUST, pediu pela ampliação máxima da força da GBA enquanto centro econômico e de inovação.
Vivian Wing-Wah Yam, professora da Universidade de Hong Kong, enfatizou a importância da continuidade da pesquisa básica. Ela espera que Hong Kong e Macau possam se integrar o mais rapidamente possível aos programas nacionais de pesquisa básica e implementar a transferência de tecnologia em muitas cidades da GBA.
Xu Jian, vice-reitora da Universidade de Macau, pediu mais cooperação nos marcos da GBA na área de medicina tradicional chinesa. Ela recordou da criação, em 2011, do Laboratório Estatal de Pesquisas-Chave em Qualidade na Medicina Chinesa (Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau), e afirmou que o desenvolvimento da GBA oferece enormes oportunidades para Macau.
A iniciativa da “Área da Grande Baía” (Great Bay Area) refere-se ao esquema do governo chinês de consolidar as cidades de Hong Kong, Macau, Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Zhongshan, Dongguan, Huizhou, Jiangmen e Zhaoqing em um único centro econômico e de negócios.
Fotografia: Xinhua News Agency