África do Sul está pronta para lançar seu próprio satélite
A Ministra das Comunicações da África do Sul, Khumbudzo Ntshavheni, disse que o país está pronto para lançar seu primeiro satélite de comunicações, parte de um esforço crescente para expandir a conectividade com a internet na região.
Durante seu discurso na Conferência Mundial de Desenvolvimento das Telecomunicações, Ntshavheni disse que o satélite resolverá tarefas relacionadas tanto à mídia quanto à conexão de banda larga. Segundo ela, também ajudará a fortalecer "a soberania do país no campo da tecnologia e dos dados", informa BusinessTech.
"A África do Sul está implementando a conectividade de banda larga por meio de um programa que chamamos de South Africa (SA) Connect. O objetivo do programa South Africa Connect é levar acesso à internet a todos os sul-africanos até 2024", afirmou Ntshavheni.
A Ministra das Comunicações disse que a iniciativa foi incentivada pelo sucesso de um leilão de telecomunicações para vendas de espectro, realizado em março de 2022.
Segundo ela, o evento ajudou a levantar um bilhão de dólares para o tesouro nacional. Além disso, as operadoras de telefonia móvel gastarão pelo menos 17 bilhões de randes com a conexão de todas as escolas públicas, unidades de saúde, bibliotecas públicas, centros de serviços governamentais e órgãos tradicionais do poder até o final de junho de 2025.
"O programa SA Connect será complementado por um forte programa de modernização das nossas redes em parceria com a indústria, o qual inclui a implantação completa de redes 4G e 5G até 2025", mencionou Ntshavheni.
Anteriormente, uma comissão, criada pelo Presidente Cyril Ramaphosa, recomendou que o governo construísse e lançasse um satélite geoestacionário de telecomunicações para prestar serviços a toda a região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Além da África do Sul, a SADC inclui Angola, Botsuana, Essuatíni, Lesoto e Zimbabue.
Segundo a comissão, o satélite oferecerá serviços de comunicações de alta qualidade aos habitantes da região, de maneira gratuita, para que possam acessar os aplicativos 4IR para saúde inteligente, aprendizado inteligente e serviços financeiros inteligentes.
A comissão disse também que o satélite geoestacionário facilitará a criação de um uma central africana de intercâmbio para troca de dados, além de permitir contratos inteligentes para o Acordo de Livre Comércio Continental Africano (AfCFTA).
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