Irã defende diplomacia cultural por meio das bibliotecas nacionais do BRICS
O Irã pediu uma maior diplomacia cultural entre os países do BRICS, destacando o papel crucial das bibliotecas nacionais na promoção de conexões culturais e científicas mais profundas, segundo informa o Tehran Times, parceiro da TV BRICS.
Durante sua participação na Cúpula da Aliança das Bibliotecas Nacionais do BRICS, realizada em Moscou, Gholamreza Amirkhani, chefe da Biblioteca Nacional e Arquivos do Irã, ressaltou a riqueza cultural e histórica compartilhada pelos países do BRICS.
Amirkhani mencionou as contribuições notáveis dos países do BRICS para a civilização humana, citando marcos como inovações do Egito antigo, os avanços da China no papel e impressão, e as bibliotecas históricas da Índia.
Ele também chamou atenção para a preservação de manuscritos preciosos nas bibliotecas do Irã e dos Emirados Árabes Unidos, bem como para o patrimônio islâmico.
Propondo iniciativas para melhorar a cooperação, Amirkhani sugeriu a realização de exposições conjuntas, semanas culturais e intercâmbio de recursos. Ele também recomendou a criação de seções culturais dedicadas nas bibliotecas nacionais para apresentar e traduzir obras literárias dos países-membros.
"Valorizando o rico patrimônio cultural e histórico do país, a Biblioteca Nacional e Arquivos do Irã está preparada para desempenhar um papel pioneiro e eficaz na implementação de projetos culturais, científicos e informacionais conjuntos a nível internacional, contribuindo assim para uma cooperação sustentável e impactante entre os países membros do BRICS", afirmou.
A cúpula, que contou com a presença de diretores das bibliotecas nacionais do Brasil, China, Índia, Rússia, África do Sul e novos membros do BRICS, como o Egito, focou em projetos emblemáticos para aprimorar serviços digitais e o engajamento comunitário. O evento também contou com os Dias Culturais do BRICS, com exposições de caligrafia, palestras sobre estudos regionais e masterclasses.
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