Missão espacial chinesa levará moscas ao espaço para inovadores estudos sobre o cosmos
A missão Shenzhou-19 da China foi lançada ao espaço, na quarta-feira (30), do Cosmódromo de Jiuquan, no noroeste do país. Pela primeira vez, a missão levará insetos do gênero conhecido como moscas-das-frutas para estudar seu comportamento e crescimento em um ambiente de baixo magnetismo. A notícia foi divulgada pela CGTN, parceira da rede TV BRICS.
Os pesquisadores estão buscando examinar como o magnetismo reduzido e a microgravidade afetam o desenvolvimento dessas moscas, que detêm crucial relevância para experimentos científicos devido à sua semelhança genética com os seres humanos. Tais estudos poderão contribuir significativamente para uma maior compreensão sobre como o corpo humano se adapta às adversas condições espaciais.
Além disso, os cientistas chineses planejam enviar outros organismos vivos ao espaço para um estudo mais detalhado.
"No futuro, também pretendemos enviar ratos à estação espacial para realizar estudos aprofundados sobre seu sistema nervoso, ossos, músculos, imunidade e outras áreas importantes", afirmou Zhang Wei, pesquisador do Centro de Tecnologia e Projetos Espaciais da Academia Chinesa de Ciências.
No âmbito da missão espacial Shenzhou-19, também serão realizados experimentos com líquidos, combustão e materiais. No passado, os pesquisadores já enviaram peixes-zebra para a estação espacial chinesa com o objetivo de analisar o funcionamento de vertebrados no espaço.
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