Taxa de câmbio:
RUB/BRL 0,0565
0,0009
INR/BRL 0,0715
0,0006
ZAR/BRL 0,3334
0,0015
CNY/BRL 0,8261
0,0079
EGP/BRL 0,1221
0,0014
AED/BRL 1,6483
0,0181
USD/BRL 6,0532
0,0664
Tempo:
Moscou 2 °C
Brasília 25 °C
Nova Délhi 19 °C
Beijing -2 °C
Pretória 27 °C
Cairo 18 °C
Teerã 6 °C
Abu Dabi 25 °C
Menu
2 °C
Moscou
25 °C
Brasília
25 °C
Nova Délhi
-2 °C
Beijing
27 °C
Pretória
18 °C
Cairo
6 °C
Teerã
25 °C
Abu Dabi
RUB/BRL
0,0565
0,0009
INR/BRL
0,0715
0,0006
ZAR/BRL
0,3334
0,0015
CNY/BRL
0,8261
0,0079
EGP/BRL
0,1221
0,0014
AED/BRL
1,6483
0,0181
USD/BRL
6,0532
0,0664
Transmissão de TV
TV BRICS Apps
Principal
Notícias
Vídeos
Menu
10:15 «BRICStrevista»
10:15 «BRICStrevista»
Agora 16+
10:15

«BRICStrevista»

No programa está indicado o horário de Moscou. Por favor, leve em consideração a diferença de fuso horário.
10:30 «Lista-de-controle»
Depois
10:30

«Lista-de-controle»

16+
11:00

«BRICSreport»

16+
11:15

«BRICStrevista»

16+
27.11.2411:55 Tecnologia
Novo projeto sobre inovações científicas da Rússia é destaque em 6 países
25.11.2414:03 Sociedade
TV BRICS apresenta série de programas de viagens por Moçambique para países do BRICS+
22.11.2408:31 Cultura
Moscou sedia festival de cultura e tradições dos países do BRICS para crianças de idade escolar
Rússia BRICS Notícias do mundo
25.10.24 14:24
Cultura

Representante do presidente russo Mikhail Shvidkoi: a arte como ponto em comum para debate de questões globais

O ex-ministro da Cultura da Rússia fala sobre o desenvolvimento de laços na área humanitária entre a Rússia e países do Sul Global

Mikhail Shvidkoi, representante especial do presidente da Rússia para Cooperação Cultural Internacional, é formado em Artes Cênicas pelo Instituto Russo de Artes Teatrais GITIS e doutor em Ciências da Arte. Desde 2023, possui o título de embaixador extraordinário e plenipotenciário. Durante muitos anos, Shvidkoi trabalhou na mídia e foi ministro da Cultura da Rússia entre os anos 2000 e 2004. Ele é também embaixador da Boa Vontade da Organização para Cooperação de Xangai.

– No Fórum das Culturas Unidas, em São Petersburgo, participaram países do BRICS, da África, do Sudeste Asiático e da CEI [Comunidade dos Estados Independentes]. Com alguns deles, foram assinados acordos de cooperação. Qual o papel desses acordos?

– Documentos como acordos interministeriais e intergovernamentais nas áreas de ciência, cultura e educação são importantes para o planejamento dos orçamentos estatais nesses setores. Quando falamos sobre o desenvolvimento de relações com países da América Latina, África ou Sudeste Asiático, estamos falando de altos custos de transporte. Levar o Teatro Bolshoi para o Vietnã, por exemplo, é muito diferente de levá-lo para Astana [Cazaquistão] ou Baku [Azerbaijão]. Naturalmente, sem o apoio do governo, organizar esses eventos seria impossível. Por isso, esses documentos são importantes para o desenvolvimento do programa de cooperação cultural. Atualmente, estamos em negociação com o Vietnã para organizar um Ano Cruzado de Ciência e Educação, cuja realização exigirá um financiamento considerável.

– A companhia de balé do Teatro Bolshoi se apresentou na Tailândia. Qual a importância desse evento para o desenvolvimento das relações bilaterais?

– O Festival Internacional de Música e Dança de Bangkok é um evento reconhecido por ter uma longa história. A família real esteve presente nas apresentações do Teatro Bolshoi, o que foi um importante gesto diplomático que define a natureza das relações entre nossos países. É um sinal do alto nível das relações na esfera cultural. O Festival de Música de Bangkok, há muitos anos, recebe artistas de teatros russos, tanto da capital quanto de outras regiões. Temos contatos muito amplos na esfera das artes. A cultura cria uma atmosfera de confiança para discutir questões econômicas, políticas, entre outras. Nesse sentido, os intercâmbios culturais têm um grande efeito multiplicador.

– Até que ponto a cultura russa está representada hoje no exterior?

– Atualmente, o principal foco dos intercâmbios museológicos e bibliotecários é o Oriente. Na China, em particular, a infraestrutura museológica e de espetáculos teatrais e musicais está bem desenvolvida. Nos últimos 20-25 anos, houve investimentos intensivos na cultura. Acredito que na Índia também veremos progresso nessa área. Ao mesmo tempo, a América Latina representa um mercado específico para eventos culturais. As 'Temporadas Russas' fizeram grande sucesso no Brasil, onde há muitos teatros de nível mundial, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e na capital. Por sua vez, um dos teatros brasileiros participou do Festival Tchekhov de 2024, apresentando 'Três Irmãs'. A Rússia tem muito a oferecer no campo das artes. Os principais itens de exportação cultural russa são o balé, orquestras sinfônicas e a arte folclórica.

– O que os países do BRICS trazem para a nossa cultura e o que oferecemos a eles em troca?

– Oferecemos ao mundo nossa cultura clássica. Recebemos pedidos para abrir escolas de balé, e nossos parceiros estrangeiros estão interessados em professores que possam trabalhar com crianças na área do balé clássico. Em particular, no Brasil, a Escola do Bolshoi está em operação. Violinistas, pianistas e violoncelistas de muitos países do mundo foram formados por mestres russos, o que representa uma importante parcela da exportação cultural russa. Também influenciamos a escola de artes plásticas da China. Hoje, teatros russos começam a colaborar com diretores e coreógrafos chineses. A próxima temporada do Teatro das Nações na Rússia será a temporada chinesa, com encenação de várias peças por diretores do país asiático. A Rússia possui uma longa tradição de contato com a arte chinesa. Em 1935, o lendário ator da Ópera de Pequim, Mei Lanfang, visitou a URSS [União Soviética] e encontrou-se com Stanislavski e Meyerhold. A influência das tradições orientais no teatro russo é significativa.

Podemos lembrar também da viagem de Eisenstein ao México, cujo filme sobre a revolução daquele país contribuiu para o desenvolvimento das artes soviéticas. Assim, temos uma tradição de intercâmbio com a arte latino-americana. A Revolução Cubana, por sua vez, influenciou fortemente a história da arte soviética. É notável a presença cultural russa também na África. Hoje, ao visitar Joanesburgo ou Pretória, é possível encontrar pessoas para quem nomes como Tchekhov, Meyerhold e Gorky fazem parte da formação teatral.

– Podemos falar hoje de globalização cultural?

– É ilusório pensar que é possível evitar a globalização. Ela é fomentada pelo desenvolvimento de tecnologias, comunicação e economia. No entanto, é claro que todos os países buscam preservar seu código civilizacional. Por isso, o conservadorismo cultural se torna um valor hoje em dia. Entretanto, o conservadorismo não se opõe ao desenvolvimento. É necessário entender o que a tradição significa para cada país. Na África do Sul, por exemplo, há mais de uma dezena de idiomas oficiais e culturas nacionais. Nos países da América Latina, há esforços para preservar o patrimônio dos povos indígenas. Conciliar globalização e tradições é sempre um equilíbrio delicado.

– Quais são os planos da Rússia para a cooperação internacional na área museológica?

– As visitas de pessoas de todo o mundo e as atividades de exposições trazem dinâmica adicional para a vida museológica. Cada nova exposição é uma oportunidade de ver a coleção, a história e a nós mesmos sob uma nova perspectiva. É também um trabalho científico muito sério. Existem muitos planos. Primeiramente, no Oriente Médio, com destaque para a Arábia Saudita, onde há grande interesse pela cultura russa. Colaboramos ativamente com os Emirados Árabes Unidos e Omã. Além disso, a China se interessa por todas as manifestações da arte russa, desde o classicismo até o realismo socialista. Estão sendo desenvolvidos programas de intercâmbio entre os museus do Kremlin de Moscou e a Cidade Proibida em Pequim; e entre o Museu Russo e galerias de arte da China.

– A preservação da história cultural também depende da questão dos profissionais. Quais programas internacionais de intercâmbio estão planejados e como estão progredindo?

– A maioria dos países da CEI e do Sul Global, com os quais trabalhamos, tem interesse em participar de intercâmbios artísticos na Rússia. Um fluxo notável de estudantes estrangeiros, inclusive da África e América Latina, ingressa nos conservatórios de Moscou e São Petersburgo. Escolas e academias de dança também são muito procuradas. Para nossos estudantes, os intercâmbios com países como Índia e China são igualmente importantes, pois oferecem a oportunidade de entrar em contato com uma cultura rica e diversificada. O cinema é um campo com grande potencial de cooperação. Na Índia, por exemplo, são produzidos cerca de 2.500 filmes por ano, muitos deles com tecnologia de ponta. Além disso, esses países organizam muitos festivais, que são interessantes para nossos autores como uma forma de entrar nesses mercados locais.

– Com quais parceiros internacionais a Rússia pode estabelecer parcerias mais promissoras para organizar exposições e turnês?

– Eu lidero a comissão intergovernamental para cultura, ciência, educação, esporte e juventude com o México. Considero que esse é um dos países com os quais devemos trabalhar de forma ativa. Na América Latina, além do México, temos relações em desenvolvimento com Brasil, Venezuela, Nicarágua e Cuba. É necessário também aperfeiçoar os mecanismos de promoção da cultura russa e de intercâmbio com outros países. Essa atividade é apoiada pelo Estado, pois requer determinados investimentos. Existem segmentos onde é importante desenvolver abordagens de negócios, como o cinema, a edição de livros, as indústrias criativas e outros.

– Durante o ano da presidência da Rússia no BRICS, são realizados inúmeros eventos culturais internacionais no país. Essa tendência continuará?

– Durante esses períodos, são estabelecidas conexões horizontais. Esses contatos nunca são feitos em vão. O principal é que eles oferecem a oportunidade de fortalecer essas relações no futuro. Estou certo de que as relações na área cultural continuarão se desenvolvendo exponencialmente. Assim, a presidência da Rússia no BRICS, sem dúvida, deu frutos.

Você pode conferir a entrevista completa aqui.

Fotografia: TV BRICS

Curto
e direto ao ponto
Uma vez por semana, cobriremos as notícias dos países do BRICS
Ao clicar no botão "Assinar", você concorda com o processamento de dados pessoais

MAIS SOBRE O TEMA

27.11.2418:48 Cultura
Arábia Saudita lança aplicativo inovador para promover língua árabe
25.11.2415:45 Cultura
Emirados aprovam lei para impulsionar setor artístico e economia criativa
23.11.2416:42 Cultura
Biblioteca na Arábia Saudita lança projeto de turismo cultural
22.11.2408:31 Cultura
Moscou sedia festival de cultura e tradições dos países do BRICS para crianças de idade escolar
21.11.2411:44 Cultura
Descoberta em Masuleh revela avanços na metalurgia medieval do Irã
20.11.2418:20 Cultura
Cantores mirins do Brasil e de Madagascar vencem concurso internacional "Nossa Geração"
1 de
30.11.2417:15 Sociedade
Recursos naturais nos países do BRICS e a projeção do Sul Global
29.11.2417:34 Economia
Membro do Conselho Empresarial do BRICS, Oleg Preksin: "A criação de um novo sistema de pagamento internacional está entre as prioridades da associação"
27.11.2416:50 Personalidades
Embaixador da Tailândia na Rússia, Sasiwat Wongsinsawat: "Vemos um grande potencial no BRICS"
Curto
e direto ao ponto
Uma vez por semana, cobriremos as notícias dos países do BRICS
Ao clicar no botão "Assinar", você concorda com o processamento de dados pessoais