Representantes dos países do BRICS, UEE e OCX discutiram dezenas de tópicos importantes no marco do FEI da CEI

Construção de infraestrutura intercontinental de transporte, criação de um espaço econômico comum, desenvolvimento da indústria e da saúde. Dezenas de diferentes tópicos unidos por uma temática comum no XVº FEI (Fórum Econômico Internacional) da CEI (Comunidade de Estados Independentes). "Diálogo de Integração" é o lema que expande a geografia do evento muito além de uma única associação. Foram convidados a participar da discussão representantes dos países do BRICS, OCX (Organização para Cooperação de Xangai) e UEE (União Econômica Euroasiática).

"O Quirguistão tem expressado permanentemente sua disponibilidade para aprofundar uma cooperação mutuamente benéfica, processos de integração e relações multiformes nos marcos de tais associações, a fim de aproveitar efetivamente seu potencial criativo. A República Quirguiz vê esta missão como sua principal prioridade durante sua atual presidência da CEI em 2023", disse Adylbek Kasymaliyev, Presidente do Conselho Econômico da CEI e Primeiro Vice-Presidente do Gabinete de Ministros da República Quirguiz.

Cerca de 130 informes foram realizados no fórum. Muitos deles mantiveram o tema da reunião do ano passado - a agenda ambiental. Segundo participantes do evento, o compromisso com os princípios de um desenvolvimento sustentável em todos os sentidos mudará o clima na região: ajudará o meio-ambiente, assegurará o desenvolvimento das economias nacionais e fortalecerá os laços internacionais.

"O projeto do plano de ações conjuntas para o desenvolvimento e implementação de tecnologias verdes nos marcos da CEI, elaborado pela República do Cazaquistão e complementado pelos colegas do Uzbequistão, gerou grande interesse nos países da Comunidade. Ao que tudo indica, em 2023, este plano poderia ser submetido à consideração dos órgãos supremos da CEI", disse Theodor Iovu, Vice-Diretor do Departamento Econômico do Comitê Executivo da CEI.

Os participantes também se concentraram na questão da criação de um índice comum de desenvolvimento sustentável na região. Hoje existem no mundo cerca de 600 sistemas de classificação ESG (Governança ambiental, social e corporativa) das empresas, mas nenhum deles de caráter integrado e abrangente. Durante as discussões, diplomatas, empresários, representantes de empresas de análise e da comunidade científica chegaram à uma conclusão: é necessário desenvolver uma abordagem unificada de classificação.

"Precisamos seguir regras simples, que sejam tão claras para todos no mundo quanto um semáforo. Considero que a introdução de um novo padrão comum, e sua observância pelas empresas, realmente facilitará a integração e todos serão beneficiados", enfatizou Sammy Kotwani, Presidente do Indian Business Alliance.

Em outro espaço do fórum, discutiu-se o estímulo ao desenvolvimento de um pool de recursos humanos para uma economia verde. As soluções incluíram a criação de plataformas educacionais, cursos de qualificação e a difusão do pensamento ambiental à nível internacional, entre outras.

"Os governos agora se tornaram conscientes da necessidade de uma coluna de quadros voltados à questão ambiental, mas o conceito por si só não é suficiente. É necessário que os povos tomem consciência: precisamos de uma vida verde, porque o planeta é um só", disse Yin Binh, Presidente do Comitê de Educação do Centro Conjunto de Cooperação Empresarial do BRICS.

Os comitês de negócios podem se tornar a força motriz por trás da integração econômica entre os estados. São eles que transmitem a posição comum da comunidade de negócios aos órgãos governamentais e associações internacionais, formando assim uma base sólida nos interesses econômicos dos países e sua cooperação no formato “Grande Eurásia”.

"Hoje estamos nos integrando nos marcos da comunidade empresarial, e vamos levantar esta agenda, afirmaremos que esta comunicação, que se deu no dia de hoje, deve ser ampliada imediatamente. Ser ampliada e talvez passar o bastão para a OCX, BRICS, e realizar a cada ano em seus espaços eventos envolvendo empresários", disse Vadim Ganin, diretor-geral da associação “Centro de Negócios para o Desenvolvimento Econômico da CEI”.

Confirmando a seriedade dos planos conjuntos, vários acordos já foram assinados. Entre aqueles que concordaram em cooperar com o “Centro de Negócios para o Desenvolvimento Econômico da CEI” estão o “Secretariado do Conselho de Negócios da OCX” e a “Aliança Internacional de Projetos Estratégicos do BRICS”.

Fotografia: TV BRICS