A mesa-redonda "IA sem fronteiras: a união como motor do sucesso na criação do futuro" foi realizada durante o II Simpósio Internacional "Construindo o Futuro". O evento reuniu especialistas de diferentes países para discutir o papel da inteligência artificial na formação da economia e da infraestrutura social do futuro.

A moderadora do debate e produtora-geral da rede internacional de mídia TV BRICS, Kristina Muraviova, destacou que a IA está moldando a estrutura da sociedade futura, onde humanos e máquinas alternarão papéis, colaborando na tomada de decisões, na criação e na previsão do desenvolvimento social.

"Os futuristas já observam o surgimento de novos institutos sociais. Eles estão sendo construídos em torno da confiança nos dados e das decisões automatizadas", disse ela.

Por sua vez, a presidente do Fundo Nacional de Inteligência Artificial e fundadora da Aliança BRICS+AI, Tatiana Benua, afirmou que a cooperação no BRICS permitirá a criação de uma rede de universidades em IA, a formação de modelos nacionais e a elaboração de um código ético comum para a IA. Ela lembrou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia anteriormente apoiado a iniciativa de criação da Aliança de Inteligência Artificial dos países do BRICS.

Durante a discussão, foi sugerido formar um mapa estratégico para o desenvolvimento da IA para os países da associação. Essa iniciativa foi proposta pela diretora do Centro de Inteligência Artificial da MGIMO, instituto do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Anna Abramova.

A cofundadora e secretária-geral da Associação Internacional de Economias Digitais (IDEA, na sigla em inglês), Christina Amor Maclang, frisou a importância da cooperação com os líderes em transformação digital para países com mercados emergentes no Sudeste Asiático, África e América do Sul.

Em um comentário exclusivo para a TV BRICS, Maclang ressaltou que a IA abre oportunidades para uma distribuição mais justa de recursos financeiros, aumenta a eficiência da agricultura e implementa inovações em regiões onde elas são especialmente necessárias. Nesse contexto, tais eventos são de extrema importância.

"Os países da maioria global estão se unindo cada vez mais para trocar experiências e aprender uns com os outros. É especialmente gratificante ver que a Malásia e a Indonésia, da região da ASEAN, recentemente se juntaram ao trabalho do BRICS. Como já mencionei, a maioria dos países do Sul Global são importadores de tecnologias, enquanto a Rússia é uma criadora e exportadora dessas tecnologias. Por isso, contamos com o fortalecimento da cooperação e o estabelecimento de um diálogo direto com os líderes mundiais reunidos aqui", disse Christina Amor Maclang, especialista em economia digital e criação de ecossistemas tecnológicos.

A membro do conselho de especialistas sobre a África na Duma Estatal da Rússia, Galli Monastiriova, em conversa com a mídia, observou que o continente africano não está ficando para trás no desenvolvimento da IA. Segundo ela, os países estão gradualmente implementando a tecnologia na agricultura, na medicina e na educação. No entanto, os Estados africanos necessitam aprofundar sua interação com a Rússia e outros países líderes nessa área.

Ao final da discussão, os palestrantes destacaram as principais tendências para o futuro próximo: a ampliação do uso de IA na saúde, cultura, arte e agricultura, a adoção em massa de sistemas multiagentes e a formação de um conjunto global de dados para o treinamento de IA, levando em consideração as especificidades regionais.

O Simpósio "Construindo o Futuro" aconteceu sob a égide da Década da Ciência e Tecnologia e reuniu especialistas de 85 países. O evento foi organizado com o apoio do MRE da Rússia, do Ministério da Ciência e Educação Superior e do Ministério da Cultura da Rússia. A TV BRICS foi parceira internacional de informação do evento.

Fotografia: Russia.ru / TV BRICS