Venezuela propõe princípios éticos sobre neurotecnologia na UNESCO
A Venezuela participou ativamente da Reunião Intergovernamental de Especialistas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) sobre a ética da neurotecnologia, onde apresentou importantes propostas em nome dos países da América Latina e do Caribe.
O país ocupa a vice-presidência desta categoria, reforçando seu compromisso com os princípios éticos no desenvolvimento científico, conforme informado pela Venezolana de Televisión, parceira da TV BRICS.
A delegação venezuelana, liderada pelo Ministério do Poder Popular para Ciência e Tecnologia, propôs a inclusão de conceitos-chave, como neurodiversidade, condição cognitiva, saúde mental e integral, além do reconhecimento dos saberes ancestrais e dos direitos comunitários. Também foi destacada a necessidade de um capítulo especial dedicado aos direitos de crianças, adolescentes e pessoas com deficiência ou transtornos cognitivos.
Gabriela Jiménez Ramírez, vice-presidente do setor de Ciência, Tecnologia, Ecossocialismo e Saúde, enfatizou a importância de promover uma ética pública e comunitária que garanta a equidade no acesso à neurotecnologia, respeitando a diversidade biocultural.
A proposta faz parte do projeto da Recomendação sobre a Ética da Neurotecnologia, composto por quatro capítulos e 160 artigos que abordam valores, princípios e justiça social. O documento deverá ser aprovado em novembro deste ano durante a 43ª Conferência da UNESCO.
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