01.04.20
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Sociedade
Com saudade, avó faz chamada de vídeo para ver cachorrinha que está com a neta durante isolamento no RS
O isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus tem obrigado as pessoas a encontrar formas alternativas para manter os laços afetivos. Um desses casos foi de uma senhora de 77 anos, moradora de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela fez uma chamada de vídeo com a neta para matar a saudade, mas não só dela. No fundo, ela queria saber como estava a cachorrinha da família.
Olga, uma buldogue francês de cinco anos de idade, é a mascote da empresária Carolina Tremarin, 32 anos, e do noivo, Carlos Henrique. Eles estão em quarentena em um apartamento, enquanto Irene está com a mãe de Carolina, Clara, em outra casa na mesma cidade. Há um mês, avó e neta não se veem, o que fez com que Irene pedisse para “falar” com a cachorrinha Olga, nem que fosse por conferência de vídeo, conta o repórter de tvbrics.com com referência ao G1.
“Nesse dia, liguei pra mãe, à tarde, e minha avó estava acordada. A Olga ouviu minha avó falando comigo e perguntando por ela, e coloquei ela no vídeo. Imediatamente ela foi pra porta achando que ia encontrar minha avó. Ficou confusa, porque ouvia, mas não enxergava ela. Não sabia o que estava acontecendo. Ficou muito feliz. Foi muito fofo!”, relembra Carolina.
A neta conta que a relação com a cachorrinha ajudou a avó a superar momento difíceis. Há seis anos, Irene passou a morar com a filha devido às dificuldades causadas pela diabetes e por episódios de hipoglicemia. A buldogue francês se tornou uma grande aliada até mesmo para que Irene enfrentasse uma depressão.
“Desde que a Olga chegou, cinco anos atrás, a companhia dela ajuda muito a enfrentar a doença. Sempre que ela está aqui na minha casa, a minha avó sente bastante falta”, lamenta Carolina. Neta e avó não se veem, mas Carolina conseguiu uma maneira de driblar a saudade durante a quarentena. Ela descreve a relação delas com Olga como “guarda compartilhada”. De quinta a domingo, fica com Irene e Carla. Nos outros dias, volta para a companhia de Carolina e Carlos Henrique.
“Estão sempre juntas. Sempre mesmo. Minha avó vai dormir, a Olga vai dormir. Vai comer, ela vai junto. E a Olga é muito ativa. Só é tranquila com a minha avó. Não passa atropelando, respeita o tempo dela. São muito parceirinhas”, descreve a empresária.
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