Especialista conta em quanto tempo novos países entrarão para BRICS
Se novos membros (Arábia Saudita, Turquia, Egito e Argélia) forem incluídos no BRICS, a aliança corresponderá a cerca de 40% da economia mundial, revelam cálculos da agência TASS com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2022.
Se considerarmos o PIB, calculado com base na paridade do poder de compra dessas nações, esse valor é de mais de 38,2%. Elas também representam 45% da população mundial e 37,5% da massa terrestre.
Um comentário exclusivo sobre a possível expansão da associação foi dado à TV BRICS por Oleg Alekseenko, representante da Universidade Estatal de Moscou no Grupo de Estudos Sobre os BRICS da Universidade em Rede do Brics (BRICS Network University). O especialista falou sobre uma possível mudança nos objetivos dos países membros do BRICS com a inclusão de novos Estados na aliança.
"Acho que haverá pequenos ajustes. Mas, fundamentalmente, tudo se manterá da mesma maneira tanto para fins estratégicos como prioritários. A principal mensagem do BRICS não mudará com a inclusão de novos membros na associação"Oleg Alekseenko Professor associado da Faculdade de Processos Globais da Universidade Estatal de Moscou
Ele chamou a atenção para o fato de que o BRICS é valioso por sua diplomacia em rede, já que cada Estado é um grande agente regional com suas próprias organizações e conexões, capaz de transmitir ideias para seus parceiros.
Segundo o especialista, a composição dos BRICS será significativamente ampliada nos próximos cinco anos. Ele disse ainda que, se um país representativo do mundo islâmico entrar no bloco, "isso será um avanço em termos de civilização".
Alekseenko também destacou que o potencial econômico no formato BRICS+ será significativo.
"O BRICS+ definitivamente anunciará o surgimento de um sistema financeiro alternativo baseado no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e no 'pool' de reservas cambiais", afirmou.
Lembramos que a Argélia enviou um pedido oficial de adesão ao BRICS. Além disso, este ano, o Irã e a Argentina solicitaram a adesão ao agrupamento. Egito, Turquia e Riade também anunciaram planos de se tornarem parte da associação.
Fotografia: IStock