China e Brasil assinam novos acordos durante visita oficial de Xi Jinping a Brasília
A China e o Brasil concordaram com uma série de estratégias de desenvolvimento, como o Programa de Aceleração do Crescimento, bem como a Iniciativa Cinturão e Rota da China, para promover a integração econômica na América do Sul e aprofundar a cooperação em áreas como infraestrutura, ciência e tecnologia e conservação ambiental.
O anúncio foi feito em seguida a uma reunião entre o presidente chinês Xi Jinping e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na cidade de Brasília durante a visita oficial do líder chinês após a cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro. A notícia foi divulgada pelo Toda Palavra, parceiro da TV BRICS.
Os presidentes assinaram 37 acordos bilaterais para impulsionar a parceria entre os países em áreas-chave como agricultura, comércio, tecnologia e desenvolvimento sustentável.
Presidente Lula enfatizou o importante papel da China como um parceiro comercial e um grande investidor em projetos de infraestrutura brasileiros que promovem a criação de empregos e o crescimento verde.
"A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2023, o comércio bilateral atingiu recorde histórico de US$ 157 bilhões. O superávit com a China é responsável por mais da metade do saldo comercial global brasileiro"Luiz Inácio Lula da Silva Presidente do Brasil
Xi Jinping, que participou da Cúpula dos Líderes do G20 no Rio de Janeiro antes de sua visita a Brasília, reiterou a sua intenção de fortalecer os laços.
"Vamos promover a cooperação em setores tradicionais, como comércio, finanças e infraestrutura, ao mesmo tempo reforçando a colaboração em áreas emergentes, como mineração verde, inteligência artificial e economia digital"Xi Jinping Presidente da China
Observando que a China valoriza muito o status e a influência internacional do Brasil e apoia sua aspiração de desempenhar um papel maior na arena internacional, Xi disse que a China está disposta a aprofundar a comunicação e a coordenação com o Brasil na Organização das Nações Unidas, no BRICS e em outros mecanismos multilaterais.
O presidente chinês também destacou a disposição do país asiático de apoiar a presidência brasileira do BRICS no próximo ano, promover o desenvolvimento de cooperação mais ampla e de alta qualidade do BRICS e tornar a voz do grupo mais forte na preservação do multilateralismo e na melhoria da governança global.
Os acordos abrangem diversos temas, desde protocolos sobre exportações agrícolas e projetos conjuntos em tecnologias inovadoras até planos para aprimorar as capacidades de inteligência artificial e promover métodos de mineração sustentáveis. Eles refletem os esforços conjuntos para alinhar o Programa de Aceleração do Crescimento do Brasil com a Iniciativa Cinturão e Rota da China, visando o progresso mútuo.
A visita também marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a China, dando sequência à viagem de Lula a Pequim em abril de 2023. Marcando o momento cultural, os dois países proclamaram 2026 como o Ano da Cultura China-Brasil para estreitar os laços interpessoais.
Fotografia: Ricardo Stuckert / Toda Palavra