Pesquisadores revelam segredos sobre o lado oculto da lua

A lua detém dois lados, sendo um deles permanentemente virado para a Terra, e outro constantemente oposto ao planeta. Essas duas facetas apresentam uma composição ligeiramente diferente uma da outra. Agora, o Instituto Tecnológico de Tóquio, em pareceria com outras instituições, aparentemente descobriu a razão para tal, informa o repórter de tvbrics.com com referência à Aventuras na História.

Novos estudos afirmam que, durante a formação da Terra e da Lua – que devem ter se dado simultaneamente após a proto-Terra ser atingida por um corpo estelar de grande massa – elementos radioativos foram distribuídos de maneira não uniforme. Isso resultou numa enorme assimetria nas duas superfícies do satélite natural, com trechos de luz e escuridão no lado claro (evidenciando crateras a olho nu) e praticamente nenhuma depressão rochosa no lado escuro – o que ficou evidente diante das primeiras imagens por satélite durante a década de 50.

Retiradas durante as primeiras expedições à lua, rochas lunares – que receberam o nome de KREEP por serem ricas em potássio, fósforo e elementos raros na Terra como cério, disprósio, érbio e európio – deram pistas para que os pesquisadores conseguissem testar as propriedades desses elementos em situações comuns aos primeiros anos da Lua, como pressão e calor exercidos por vulcões que lá existiam.

Os resultados deste estudo sugerem que as cavidades enriquecidas em KREEP da Lua influenciaram a evolução do local desde a formação da mesma. Matthieu Laneuville, co-autor da pesquisa, acredita que evidências para esses tipos de processos podem ser encontradas em outras luas do nosso Sistema Solar e ser onipresentes em corpos rochosos em todo o Universo.


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