Primeira missão chinesa de exploração em Marte conquista resultados científicos frutíferos
A primeira missão de exploração da China em Marte alcançou ricos resultados científicos, anunciou neste domingo a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, em inglês).
Até a última quinta-feira, o orbitador de Tianwen-1 operava normalmente por mais de 780 dias e o rover Zhurong havia viajado 1.921 metros na superfície de Marte, revelou a CNSA.
O orbitador e o rover da sonda chinesa Tianwen-1 completaram as missões de exploração científica previstas e adquiriram 1.480 gigabytes de dados brutos.
A sonda Tianwen-1 consiste em um orbitador, um módulo de pouso e um rover. Em 15 de maio de 2021, ela pousou em sua área de pouso pré-selecionada em Utopia Planitia, uma vasta planície marciana, marcando a viagem inaugural da sonda chinesa no planeta.
Pesquisadores chineses realizaram um estudo abrangente de relevo na área de pouso, incluindo cones côncavos, crateras de impacto e sulcos, e revelaram uma relação significativa entre a formação de cristas e a atividade da água.
Através de imagens de câmeras e dados espectrais, os pesquisadores encontraram minerais hidratados em rochas de crosta dura como placas perto da área de desembarque, o que provou que havia muitas atividades de água líquida na área de desembarque desde 1 bilhão de anos atrás.
Combinando imagens de câmeras com a calha do rover em movimento e outras informações, os pesquisadores também descobriram que o solo na área de desembarque tem uma força maciça de sustentação e parâmetros de atrito baixos.
Estes novos resultados revelam o impacto das atividades eólicas e aquáticas sobre a evolução geológica e as mudanças ambientais em Marte, o que apoia fortemente a hipótese de que já existiu um oceano na Utopia Planitia de Marte. Também enriquece o entendimento científico humano da evolução geológica e das mudanças ambientais no planeta.
O anúncio foi feito com referência ao diário Xinhua News Agency, o parceiro da rede TV BRICS.
Fotografia: Xinhua News Agency