18.01.21
10:01
Sociedade
Cartas do front
No front sem cartas não dá. Esses triângulos sobreviveram contra todas as probabilidades. Deixados em sótãos empoeirados e porões úmidos. Passaram pela perestroika e seu desejo de reescrever insolentemente a história. Atravessaram metade do país acompanhando as obras de construção do comunismo.
As cartas do front eram escritas com o que fosse. Lápis, carvão, qualquer coisa. Eram usados papel de embrulho, folhetos de propaganda, pedaços de jornais. Folhas de papel multicoloridas: vermelhas, marrons, brancas – criavam uma bela imagem reluzente e muito colorida.
Os soldados então sequer suspeitavam que depois de meio século aquelas mensagens despretensiosas se tornariam não apenas documentos valiosos mas um símbolo de toda uma era.
As cartas do front eram escritas com o que fosse. Lápis, carvão, qualquer coisa. Eram usados papel de embrulho, folhetos de propaganda, pedaços de jornais. Folhas de papel multicoloridas: vermelhas, marrons, brancas – criavam uma bela imagem reluzente e muito colorida.
Os soldados então sequer suspeitavam que depois de meio século aquelas mensagens despretensiosas se tornariam não apenas documentos valiosos mas um símbolo de toda uma era.