Chanceler do Brasil sinaliza IA como prioridade da presidência brasileira no BRICS em 2025
É essencial adotar um processo inclusivo na governança internacional da IA, garantindo uma representação justa dos países em desenvolvimento em um sistema multilateral mais ágil e eficiente. No Brasil, as plataformas digitais transformaram as interações sociais, ampliando a disseminação de informações e facilitando a comunicação interfronteiriça, destacou Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, em nota publicada no site oficial do órgão governamental.
Vieira também ressaltou que o papel das Nações Unidas deve ser o de fomentar discussões sobre a implementação de iniciativas de IA, promovendo um diálogo mais aberto, equitativo e inclusivo, que reconheça as necessidades específicas de cada país. Nesse contexto, o diplomata defendeu que a implementação do Pacto Digital Global deve ser central no planejamento internacional.
O chanceler brasileiro destacou, ainda, a necessidade de expandir a discussão sobre a IA no BRICS, frisando que essa é uma das prioridades da presidência brasileira rotativa da associação. Ao colocar a IA em foco, o Brasil busca aumentaria a visibilidade dos países do Sul Global.
"Os países do Sul Global precisam ser ouvidos se quisermos alcançar soluções sustentáveis para problemas duradouros e evitar uma nova exclusão digital entre países com diferentes níveis de desenvolvimento", afirmou.
Além disso, Vieira enfatizou que o Brasil já está aproveitando essa tecnologia como forma de impulsionar o desenvolvimento econômico e social, por meio de iniciativas como o Plano Brasileiro de IA e um projeto de lei abrangente que o Congresso está criando. Essa nova legislação visa estruturar a regulação do uso da IA, garantindo sua aplicação segura e acessível, ao mesmo tempo em que prevê benefícios econômicos para a sociedade.
Fotografia: Fernando Frazão / Agência Brasil